Agronegócio

O Brasil possui tecnologia para fazer pecuária de baixa emissão de carbono

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O acordo internacional feito na última Conferência do Clima prevê a redução das emissões de metano no mundo em 30% até 2030. A pecuária, como uma das atividades que mais emitem esse gás terá de se adaptar.

 

A boa notícia para os pecuaristas brasileiros é que o país já possui tecnologia para se adaptar e conta com bons exemplos disso. Os dados indicam maior produtividade em uma mesma área nos sistemas mais intensificados e um menor balanço de emissões de carbono equivalente.

 

Em sistemas bem manejados há aumento da matéria orgânica no solo e estocagem de carbono em forma de raízes das forrageiras e nas árvores, quando elas fazem parte do sistema.

 

Ao mesmo tempo, a pastagem com manejo correto é mais produtiva, resultando em maior ganho de peso animal e maior precocidade sexual de novilhas.

 

Sistemas como a ILP e a ILPF são ferramentas importantes para se intensificar o uso do solo e reduzir a pegada de carbono da pecuária. Mas, mesmo em pastagens tradicionais, se bem manejadas, já é possível ter bons resultados.

 

O Programa ABC (2010-2020) e o Programa ABC +, lançado em 2021, foram citados como exemplos de políticas públicas brasileiras de vanguarda e de grande alcance que vem contribuindo para a adoção de práticas agropecuárias de baixa emissão de carbono no país.

 

Ainda como forma de estímulo à adoção de tecnologias mais sustentáveis, o pesquisador da Embrapa Gado de Corte Roberto Giolo apresentou o programa Carne Carbono Neutro (CCN), cujas diretrizes foram lançadas pela Embrapa em 2015.

 

Ele destacou o pioneirismo da iniciativa, que foi seguida por programas nacionais de pecuária de baixa emissão de gases de efeito estufa na Costa Rica, Austrália, Nova Zelândia, Portugal, Colômbia, Uruguai e Argentina.

 

Além do CCN, que já conta com certificação de propriedades e comercialização de produto em grandes centros brasileiros, ele mencionou o programa Carne Baixo Carbono, que deverá ter suas diretrizes lançadas ainda neste ano. Enquanto o CCN necessariamente tem que ter árvores no sistema produtivo, o CBC contemplará tanto sistemas ILP quanto pecuária exclusiva em pastagem bem manejada.

 

A perspectiva do selo é valorizar mais o produto carne. Ao adotar os protocolos, que são monitorados pela certificadora, o produtor já vai ganhar em produtividade pela simples adoção do protocolo. Claro, há os custos com a certificação, mas há a perspectiva de valorização do produto e pagamento de um bônus pela carne que supera o custo para a certificação.

 

Texto adaptado de: Portal DBO.

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