A produtividade do milho está diretamente relacionada ao suprimento adequado de nutrientes ao longo do seu ciclo de crescimento. Para garantir um desenvolvimento vigoroso e colheitas mais produtivas, é essencial utilizar a quantidade ideal de insumos e no momento correto. Uma estratégia eficaz para otimizar a adubação de cobertura do milho é aproveitar os nutrientes remanescentes no solo, principalmente quando a cultura é cultivada em sucessão à soja.
O nitrogênio (N) é um dos nutrientes mais exigidos pelo milho, desempenhando um papel fundamental no processo de fotossíntese e no crescimento das plantas. Tradicionalmente, é necessário aplicar quantidades significativas desse nutriente durante a fase de desenvolvimento vegetativo do milho. No entanto, quando o milho é cultivado após a soja, ocorre um benefício significativo: a leguminosa contribui com a fixação biológica de nitrogênio (FBN), além de deixar no solo resíduos vegetais ricos nesse nutriente.
Consideramos três fontes principais de nitrogênio ao solo:
O nitrogênio proveniente da fixação biológica de nódulos radiculares da soja;
Os resíduos vegetais deixados pela soja após sua colheita;
A matéria orgânica do solo, que libera nutrientes gradualmente.
Com base nessa dinâmica, os produtores podem reduzir a aplicação de fertilizantes nitrogenados na safrinha do milho, suprindo apenas a quantidade necessária para complementar a demanda da cultura. Isso resulta em uma economia significativa de insumos, sem comprometer o rendimento da lavoura.
A adubação de cobertura do milho pode ser otimizada ao considerar os nutrientes já disponíveis no solo, especialmente quando cultivado após a soja. Com uma gestão eficiente dos insumos, é possível reduzir custos, melhorar a sustentabilidade da produção e manter altos índices de produtividade. Aproveitar os benefícios da fixação biológica de nitrogênio e a matéria orgânica do solo é uma estratégia inteligente para um manejo mais eficiente da lavoura.