Agronegócio

Carne Brangus: um mercado a ser explorado

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A raça bovina brangus tem chamado a atenção de diversos pecuaristas no Brasil. Na última década, foram registrados 80% a mais de animais, e já são 10.785 cabeças no total do rebanho Brasileiro, segundo a Associação Brasileira de Brangus. Trata-se de uma raça classificada como sintética, ou seja, desenvolvida a partir da mistura das espécies brahman e angus, processo que começou nos Estados Unidos em 1912. No Brasil, a raça chegou nos anos 1940 e começou a ser criada em Bagé, no Rio Grande do Sul, recebendo a denominação de ibagé. Mas foi apenas nos anos 1990 que começou realmente a despontar por aqui.

 

A maior parte do rebanho Brangus registrado ainda está no Rio Grande do Sul, porém, a raça é vista desde o extremo sul até o extremo norte do País, nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins e Pará. Desde o início da ABB, até o ano de 2016, foram registrados 425 mil animais da raça, explica a Superintendente do Serviço de Registro Genealógico da ABB, Renata Pereira.

 

Diferentemente do Angus, que é uma raça 100% taurina, o Brangus é uma raça que possui ⅝ sangue Angus, ou seja, ⅝ sangue taurino, e ⅜ sangue Brahman, ou seja, ⅜ zebu. A genética Brangus, portanto, é mais rústica e adaptável a diversas localidades brasileiras. 

 

O tempo médio de abate da raça Brangus é de 24 meses de idade, devido a sua precocidade em atingir o ponto ótimo de abate. Para conseguirmos estabelecer um comparativo, o tempo médio de abate da raça Nelore, a principal raça utilizada na pecuária de corte brasileira, é de 36 meses. Essa diferença é um ponto vantajoso com relação a competitividade entre a carne de Brangus, já que além de ser abatido mais precocemente, o gado dessa raça possui outros atributos interessantes para o consumidor na carne. 

 

Nesse ponto, estamos falando também de uma carne com um sabor diferenciado. Já que o Brangus é uma raça ⅝ Angus, o sabor da carne brangus tende a ser diferenciado, uma vez que possui marmoreio intermediário. Essa é uma das outras vantagens competitivas sobre o mercado de carnes Zebu, que geralmente se destinam à produção de carne commodity. 

 

A carne Brangus, portanto, pode ser utilizada num novo nicho de mercado que vem apresentando bastante crescimento: o nicho de carnes premium, onde os consumidores, além de serem mais exigentes, são mais informados acerca da produção animal e qualidade de carne a partir da raça do bovino. 

 

Fonte: Forbes Brasil

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