A cetose é um distúrbio metabólico comum em vacas leiteiras recém-paridas e pode causar sérios prejuízos à produção de leite e à saúde do animal. Por isso, o monitoramento adequado dessa condição é essencial para garantir o bem-estar do rebanho e a produtividade da leiteria.
A cetose é causada pela mobilização excessiva de reservas corporais de gordura para a produção de energia. Isso geralmente ocorre nas primeiras semanas após o parto, quando a demanda por energia para a produção de leite é alta e a ingestão de alimentos ainda não é suficiente para suprir essa demanda.
Os principais sintomas de cetose em vacas leiteiras incluem perda de apetite, diminuição na produção de leite, perda de peso, fraqueza, e em casos mais graves, podem ocorrer convulsões e coma.
Como monitorar a cetose?
O monitoramento da cetose em vacas leiteiras recém-paridas pode ser feito de várias maneiras, incluindo:
Avaliação Clínica: Observação dos sintomas mencionados anteriormente, como perda de apetite, diminuição na produção de leite e perda de peso.
Testes Laboratoriais: Exames de sangue para medir os níveis de corpos cetônicos no sangue. Os principais testes utilizados são o teste de cetonemia e o teste de cetonúria.
Monitoramento do Consumo de Alimentos: Acompanhamento do consumo de alimentos pelas vacas leiteiras recém-paridas para garantir que estão recebendo a quantidade adequada de energia.
Avaliação do Escore de Condição Corporal: Acompanhamento do escore de condição corporal das vacas para identificar aquelas com maior risco de desenvolver cetose.
O monitoramento precoce da cetose é essencial para prevenir complicações graves e garantir o tratamento adequado das vacas afetadas.
Na leiteria Sapé, utilizamos o medidor de corpos cetônicos para garantir a sanidade das vacas e a qualidade do leite obtido: toda segunda-feira fazemos a checagem geral das vacas paridas até o 21º dia de lactação.
Durante a checagem, aferimos a temperatura retal, medimos o grau de cetose, verificamos o fechamento da cérvix uterina e checamos visualmente as condições dos animais.
Tudo isso é feito para identificar o mais cedo possível os animais que possam estar apresentando alguma doença do pós-parto. Vacas diagnosticadas precocemente têm uma melhor chance de recuperação e podem retornar mais rapidamente à produção normal de leite.