A alta demanda por proteína de aves faz com que o setor cresça de forma cada vez mais acelerada no Brasil, principalmente porque conseguimos agregar valor à nossa carne de frango produzida, aliando eficiência com qualidade.
Apesar de todas as etapas produtivas da cadeia de aves serem de extrema importância para garantir a qualidade do produto final, um dos grandes pilares do sucesso da avicultura é também a sanidade e o manejo preventivo de doenças nas granjas.
Os manejos sanitários adotados dentro das granjas fazem parte dos rigorosos programas de biosseguridade. Uma das práticas que mais contribui para a manutenção do status sanitário entre um lote de produção e outro é, com certeza, o vazio sanitário.
Essa prática compreende o tempo em que o galpão fica vazio, desde a saída do último lote de frangos, até a chegada do próximo. Esse tempo de vazio é adotado para que a carga de contaminação de possíveis patógenos, como vírus, bactérias, parasitas e protozoários, possa ser diminuída aos níveis mínimos.
Como muitos desses microrganismos precisam da presença dos hospedeiros para completar seu ciclo de vida, estes não conseguem sobreviver ao período de esvaziamento do galpão.
O período ideal de vazio é acima de 7 dias, podendo ser adotados também períodos de 15 ou 21 dias. Os desempenhos zootécnicos dos lotes pode variar de acordo com o período de vazio adotado, já que alguns microrganismos podem permanecer viáveis após 7 dias, mas atualmente não foram detectados níveis superiores de desempenho produtivo de lotes que entraram no galpão com mais de 21 dias de vazio.
Após o período de vazio, é necessário adotar um manejo de limpeza (remoção física das sujidades) e desinfecção (Remoção química de microrganismos) do ambiente, que vai garantir maior eficácia no processo de eliminação dos patógenos.
Dessa forma, há uma maior garantia de que os lotes seguintes terão melhores índices sanitários, e terão o desempenho produtivo garantido.