Apesar de ter um nome estranho, o Somatotropina bovina recombinante (BST) é um hormônio proteico produzido naturalmente pela hipófise e liberado na corrente sanguínea. O BST é uma nova tecnologia que pode auxiliar o produtor de leite a ter um aumento no volume produzido.
Isso porque, dentre as ações promovidas pelo BST na curva de lactação, estão o aumento rápido na produção de leite e aumento na persistência da lactação. Esses dois fatores são capazes de driblar a queda na produção que ocorre após o pico.
É justamente essa resposta produtiva que aumenta a eficiência produtiva do sistema leiteiro e dá maior retor econômico ao produtor.
Pensando que um produtor gostaria de aumentar a produção de leite, sem inserir novos animais no rebanho, essa seria uma das soluções ideais, já que, além de economizar no espaço que uma vaca a mais ocuparia nas instalações, ainda há a vantagem de redução do impacto ambiental, devido à necessidade de menos alimento para a produção da mesma quantidade de leite.
A utilização do BST em vacas leiteiras é indicada por volta de 60 dias após o parto, quando não há mais mobilizações de reservas corporais por causa do balanço energético negativo. Além disso, não são todos os animais do rebanho que se qualificam para passar pelo protocolo com o fármaco.
É importante ressaltar que o BST não é prejudicial a saúde dos humanos que consomem o leite das vacas que são manejadas com esse tipo de protocolo. Como a molécula se trata de um hormônio proteico, ele é digerido junto com as proteínas da dieta animal. Além disso, ele não é um hormônio ativo ou reconhecido pelo organismo humano.
Essa nova tecnologia é uma alternativa que visa alcançar a maior produção possível, aumentando a eficiência do rebanho, e ainda contribuindo para a sustentabilidade no sistema, já que é possível produzir mais leite, em menos espaço, e com menor impacto ambiental.