A raça Brangus é o resultado de um experimento entre o cruzamento do Angus e do Zebu, realizado por técnicos norte-americanos do Departamento de Agricultura de Jeanerette em 1912, no estado de Louisiana.
Na mesma época, pecuaristas de Oklahoma, no Texas, e do Canadá também passaram a fazer acasalamentos semelhantes.
O objetivo dos cruzamentos era a criação de um animal que apresentasse altos índices de produtividade mesmo criado em condições de clima e meio-ambiente adversas, típicas das regiões tropicais e subtropicais.
No ano de 1945 tiveram início os trabalhos de formação de novas raças de bovinos em todo o território brasileiro. Na Fazenda Experimental “Cinco Cruzes“ do Ministério da Agricultura, em Bagé-RS, iniciou-se um programa de cruzamento entre animais reprodutores da raça Nelore (provenientes do Mato Grosso) e fêmeas Angus adquiridas no Rio Grande do Sul. Para a obtenção de animais 3/8 Nelore - 5/8 Angus foram usados inicialmente três esquemas de cruzamento.
O objetivo deste cruzamento era produzir a F1 como nova raça adaptável às áreas de pastagem natural no Estado do Rio Grande do Sul, que eram pobre em nutrientes. A raça originada desse cruzamento foi chamada de Ibagé. A primeira seleção de tais animais ocorreu no início de 1953, sendo que somente em 1955 nasceram os primeiros animais 3/8 Nelore - 5/8 Angus.
Alguns anos depois, em função do cruzamento ser o mesmo alcançado nos Estados Unidos, o nome da raça passou a ser Brangus-Ibagé, até que se tornou apenas Brangus, anos mais tarde.
As excelentes características de precocidade, de fertilidade, de habilidade materna, de conversão alimentar, de longevidade e de rusticidade foram os fatores fundamentais para a aceitação da raça junto aos criadores e caracterizaram-se como preponderantes na sua difusão.
O Brangus pode ser preto ou vermelho, mocho, com uma pelagem fina e pele pigmentada. Suas orelhas são de médias a grandes, e a pele é solta, com dobras no pescoço. A garupa é ligeiramente arredondada e os touros têm um cupim moderado.
O Brangus é uma das raças sintéticas que mais possui diversidade de selecionadores dentro de outros países além do Brasil, como a Argentina, o Paraguai, os Estados Unidos, o México, o Uruguai, a Bolívia, o Panamá, a África do Sul, o Canadá, a Colômbia e a Austrália.
Na Sapé, o melhoramento genético da raça teve início no final da década de 90 e hoje somos uma das maiores referências da raça no estado, comercializando touros, matrizes e embriões.